Bem vindos de volta ao
Articulações!
Durante um bom tempo
não passei por aqui. Há mais de dois anos sem qualquer postagem - não por falta
do que dizer, pelo contrário, o cotidiano sempre nos convoca a dizer algo, a
nos posicionarmos diante da realidade. Muito aconteceu neste intervalo:
terminei o curso, estudei, viajei, novos amigos vieram e outros se foram... No
entanto, embora com algumas mudanças, o Articulações continuará tendo, para
mim, a mesma função: será um espaço onde busco ver o cotidiano com um olhar
mais lento, com mais cuidado [que nem sempre nos é possível, dada a velocidade
que a vida tem tomado para muitos de nós]. Resolvi retomar o blog como
possibilidade de reparar mais as coisas, de detalhar, de pensar com cuidado, de
sentir com ternura [sempre que ela for possível e justa]. Tais possibilidades
nem sempre são possíveis em outras redes sociais, principalmente, no Facebook
cuja velocidade nem sempre nos permite nos determos sobre uma postagem. Tem se
tornado cada vez mais veloz a decisão por curtidas, comentários e
compartilhamentos. O Articulações quer caminhar no sentido contrário (ao menos,
tenta) ser um espaço para reflexão. O Articulações Reticulares ainda busca ser
um lugar de diálogo.
Fiquei pensando sobre o
quê escrever nesta retomada: olhei para a série de manifestações que tem tomado
as ruas, pensei nas discussões que tem ocorrido ao redor de minha profissão, vi
a política nacional (e seus políticos) envergonhando nossa população e para os
eventos internacionais que estão acontecendo ou que, em breve, acontecerão no
Brasil... Não, não vou falar sobre nada disto, visto que há muitos que falam
com mais propriedade e melhor do que eu. Por hoje, é isto:
Era tanto o que
gostaria de dizer:
perguntas sem
cabimento,
promessas pra muito
tempo,
conversas sem fim.
Era muito o que queria saber:
aquilo que sentia por
dentro,
se ainda havia tempo ou
se gostava de mim.
Era grito preso na
garganta:
silêncio comprido,
medo do mal-sentido,
não seria bom continuar
assim.
Era sonho na ponta do
olhar:
riso frouxo, mãos
trêmulas.
Resolvia, então, se
atirar
em direção daquilo que
esperava ser um "sim".
Até breve!
Nenhum comentário:
Postar um comentário