Na segunda quinzena do mês de julho, a cidade em que escolhi viver se alimentou com aquilo que há de essencialmente humano: a expressão artística. São João del Rei viveu dias de céu azul no clima que criado para a realização do 23 Inverno Cultural, evento que anualmente oferece à população local e aos turistas que por aqui se encontram a oportunidade de viver momentos repletos de atividades artísticas numa cidade que (pretensiosamente) é chamada capital brasileira da cultura – título que lhe foi concedido em 2007 e que gerou homenagem no evento daquele ano.
Depois de homenagear dois grandes nomes da cultura (afro)brasileira – Clara Nunes (2008) e Grande Otelo (2009) – fui surpreendido pelo convite que me foi feito neste ano: Paisagens Sonoras. Ouvir. Ver. Sentir. Um festival que, além de dar destaque ao modo como as expressões artísticas nos tocam, nos convidou a experimentá-lo. A nos experimentar. A experimentar. Experienciar. Experimente paisagens sonoras, foi este o convite.
Experiência: sentir o sabor que deixa – na boca, nos olhos, no coração. Talvez – a (não) tão barroca São João del Rei. Foi isso que tentei fazer.
Parece óbvio: paisagens sonoras não são feitas para serem somente vistas, são feitas para serem ouvidas e me assusto em perceber como o contemporâneo e o passado estiveram presentes no ambiente desse ano. O diálogo entre o cenário digitalizado do show de Rita Lee e o vizinho Teatro Municipal que assistiu impassível a apresentação de Marcelo D2.
Festival que trouxe a modernidade em seu símbolo: linhas concêntricas que se movimentam feito ondas sonoras. Ondas, vagas, vagues. A contemporaneidade da poesia do grupo Barkaça que subverte a lógica academicista da poesia, colocando-a no onde ela deve estar: no nosso contexto e que embriagou a Rua (Marechal Bittencourt) da Cachaça de poesia.
O evento passou como breve música, mostrando que há muito o que ouvir nessa cidade em que os sinos querem falar daquilo que não podemos ouvir.
Depois de homenagear dois grandes nomes da cultura (afro)brasileira – Clara Nunes (2008) e Grande Otelo (2009) – fui surpreendido pelo convite que me foi feito neste ano: Paisagens Sonoras. Ouvir. Ver. Sentir. Um festival que, além de dar destaque ao modo como as expressões artísticas nos tocam, nos convidou a experimentá-lo. A nos experimentar. A experimentar. Experienciar. Experimente paisagens sonoras, foi este o convite.
Experiência: sentir o sabor que deixa – na boca, nos olhos, no coração. Talvez – a (não) tão barroca São João del Rei. Foi isso que tentei fazer.
Parece óbvio: paisagens sonoras não são feitas para serem somente vistas, são feitas para serem ouvidas e me assusto em perceber como o contemporâneo e o passado estiveram presentes no ambiente desse ano. O diálogo entre o cenário digitalizado do show de Rita Lee e o vizinho Teatro Municipal que assistiu impassível a apresentação de Marcelo D2.
Festival que trouxe a modernidade em seu símbolo: linhas concêntricas que se movimentam feito ondas sonoras. Ondas, vagas, vagues. A contemporaneidade da poesia do grupo Barkaça que subverte a lógica academicista da poesia, colocando-a no onde ela deve estar: no nosso contexto e que embriagou a Rua (Marechal Bittencourt) da Cachaça de poesia.
O evento passou como breve música, mostrando que há muito o que ouvir nessa cidade em que os sinos querem falar daquilo que não podemos ouvir.